(dedique) Três Minutos para Pensar...
sábado, 5 de janeiro de 2013
As ofegâncias da linguagem
Sou um livro aberto para mim, mas aos meus olhos, eu em páginas pareço rabiscos. O extremo íntimo da linguagem converte-se em seu oposto, um texto estranho. Sou para mim uma aventura secreta, cujo decifrar está grafado nos códigos de minhas entranhas.
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Pai-Origem Nossa
Amada origem de todos nós, que estás no aqui do céu
Contemplado sejas tudo, na atenção do inominável
Em nós se manifeste o des-velar do livre Ser, que é o Reino Teu e Único, o Amor
Toque-nos com Tua luz, realizar irreprimível da vontade livre
Nas Imediações da matéria tanto densa quanto sutil
Que a nutrição física e mental que é a abundância da vida viva
Reduza-nos à própria vida, grandeza da não ação que desfazendo o Ego mostra-nos eternos
Oriente-nos pela simplicidade sem desejos
Torne-nos livres em Tua fortaleza
Amém, Glória e Amor.
Contemplado sejas tudo, na atenção do inominável
Em nós se manifeste o des-velar do livre Ser, que é o Reino Teu e Único, o Amor
Toque-nos com Tua luz, realizar irreprimível da vontade livre
Nas Imediações da matéria tanto densa quanto sutil
Que a nutrição física e mental que é a abundância da vida viva
Reduza-nos à própria vida, grandeza da não ação que desfazendo o Ego mostra-nos eternos
Oriente-nos pela simplicidade sem desejos
Torne-nos livres em Tua fortaleza
Amém, Glória e Amor.
domingo, 9 de setembro de 2012
Alvorada pós noite pobre
Deus está na poesia de todas as coisas
no balançar da alta copa avistada
no vento que sopra
em meus ouvidos a palavra
colorindo em gorjeios
os bosques da solidão
vasta a imensidão em que se revela
és Deus porque és Terra
és água porque sou Deus
são nossas todas as trevas
das mágoas dos filisteus
que ao adentrar da madrugada morta
vêem brotar zumbis pedintes e ladrões
e só a lua embota estas notas
que choram a chaga da falta de pães
que sobram mas não desdobram
para as notas em mais que valor
e qual a dor da capital de costas
que hôrror sua falta de dor
capital naturalizado
em Deus perdeu sua fé
inté em todas as coisas
a começar no mendigo de pé.
no vento que sopra
em meus ouvidos a palavra
colorindo em gorjeios
os bosques da solidão
vasta a imensidão em que se revela
és Deus porque és Terra
és água porque sou Deus
são nossas todas as trevas
das mágoas dos filisteus
que ao adentrar da madrugada morta
vêem brotar zumbis pedintes e ladrões
e só a lua embota estas notas
que choram a chaga da falta de pães
que sobram mas não desdobram
para as notas em mais que valor
e qual a dor da capital de costas
que hôrror sua falta de dor
capital naturalizado
em Deus perdeu sua fé
inté em todas as coisas
a começar no mendigo de pé.
Igor L. C.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Soneto à Revolução
“Como flores que
voltam suas corolas para o sol, assim o que foi aspira, por um secreto
heliotropismo, a voltar-se para o sol que está a se levantar no céu da
história.”
(W. Benjamin, 1940)
Embriagado de
melancolia frente à fantasmagoria do absurdo presente,
sob meus pés o chão
torna-se um flutuante mar,
e enquanto sou barco
ébrio perdido sem continente,
é Vênus quem norteia
toda noite meu olhar.
Ininterrupta no céu é
minha estrela mais brilhante,
da manhã e da tarde,
só lhe perco ao Sol raiar,
e a indústria que
acorda sem sequer espreguiçar,
com o Sol revolve a
angústia de não ser ao trabalhar.
Nostálgico me torno
por melancólico prazer,
e ao passado ancestral
retorno como que por dever,
abrindo o presente
para o futuro do dever-ser.
Sonho com minha Vênus, rimando amor com estupor,
pois o torpor que me
acomete, é vento vermelho em vela de flor,
brotada em meio às
trincheiras, de um corpo sem carne nem cor.
Igor L.C.
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segunda-feira, 2 de julho de 2012
A cela progresso
A vida à espera do progresso subverte a potência ativa do caminhar como criar, ancorando o presente na expectativa alheia, no futuro que, incessantemente atualizado, tornado aqui e agora, circunscreve a revolução na ilusão do pronto, na reforma da imagem.
segunda-feira, 9 de abril de 2012
O Silêncio e seu par
No alto da pedra angular,
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da Bahia em Bom Jesus da Lapa,
por sobre o ar urubus e libélulas,
dividem espaços e ofícios,
num bailar sem trégua nem trevas.
A rondar fazem a vigília,
das crias e do fiel orador,
seja d'eu poeta disperso,
trovador de versos lisérgicos,
seja dela, senhora descalça,
que em velas Lhe pede a graça;
sabem, ambos moramos na dor,
sabem, ambos vivemos de Amor.
...Pousa um pássaro na cruz,
constato, em Ti ganhou própria luz!
Ah!, ponho a mão na pedra que a faz,
e assim, demasiado fugaz,
pressinto um silêncio na voz...
descanso de meu algoz
(eu distante de Nós).
Igor L.C.
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quinta-feira, 8 de março de 2012
Sopro Vital
na Terra-Rocha
um pulmão Verde
respira a Terra.
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um pulmão Verde
respira a Terra.
Igor L.C.
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