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segunda-feira, 9 de abril de 2012

O Silêncio e seu par

No alto da pedra angular,
da Bahia em Bom Jesus da Lapa,
por sobre o ar urubus e libélulas,
dividem espaços e ofícios,
num bailar sem trégua nem trevas.

A rondar fazem a vigília,
das crias e do fiel orador,
seja d'eu poeta disperso,
trovador de versos lisérgicos,
seja dela, senhora descalça,
que em velas Lhe pede a graça;
sabem, ambos moramos na dor,
sabem, ambos vivemos de Amor.

...Pousa um pássaro na cruz,
constato, em Ti ganhou própria luz!
Ah!, ponho a mão na pedra que a faz,
e assim, demasiado fugaz,
pressinto um silêncio na voz...

descanso de meu algoz
(eu distante de Nós).

Igor L.C.

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