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domingo, 9 de setembro de 2012

Alvorada pós noite pobre


Deus está na poesia de todas as coisas
no balançar da alta copa avistada
no vento que sopra
em meus ouvidos a palavra
colorindo em gorjeios
os bosques da solidão

vasta a imensidão em que se revela
és Deus porque és Terra
és água porque sou Deus
são nossas todas as trevas
das mágoas dos filisteus

que ao adentrar da madrugada morta
vêem brotar zumbis pedintes e ladrões
e só a lua embota estas notas
que choram a chaga da falta de pães

que sobram mas não desdobram
para as notas em mais que valor
e qual a dor da capital de costas
que hôrror sua falta de dor

capital naturalizado
em Deus perdeu sua fé
inté em todas as coisas
a começar no mendigo de pé.

Igor L. C.

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